domingo, 28 de agosto de 2005

A história de um saco de plástico

Numa noite de Novembro, corria o ano de 2003, um saco de plástico suspeito fez parar a Célia nas curvas do Pinhal do Rei quando, vinda de Ourém, se dirigia para sua casa em Vilar dos Prazeres.
- O saco mexia e despertou-me a curiosidade! Comentava ela ao explicar o porquê de uma paragem a meio da subida.
Apesar de não se sentir muito à vontade, encheu-se de coragem e dirigiu-se para o local onde se encontrava o saco de plástico.
Qual não foi o seu espanto e indignação ao verificar que dentro do mesmo se encontrava uma ninhada de quatro cachorros recém nascidos, vindo a descobrir um quinto já morto fora do saco.
Os cãezitos foram distribuidos pela família tendo ficado dois em minha casa. Um deles não resistiu e morreu durante a noite, o outro... bem, o outro é outra história!
O outro é o PINHAL, como não podia deixar de ser...
Um rafeiro com "Pedigree" como eu costumo dizer. Fiel aos donos como nenhum, sentido de humor qb, obediente, personalidade forte, aventureiro(gosta imenso de andar de canoa), guarda a toda a prova, só com um pequeno "defeito", apaixona-se pela primeira cadela que vê e desaparece em núpcias aos cinco dias de cada vez.
O Pinhal foi atropelado, com direito a intervenção cirúrgica, logo nos primeiros meses ficando a partir daí com o curso de estradas alcatroadas. Também foi alvejado com uma caçadeira, sabe-se lá porquê e por quem?, tendo escapado por milagre. Dessa experiência guarda no seu corpo uma boa amostra de chumbo.
Quem o conhece não fica indiferente ao seu carácter e compreende porque é considerado um elemento com estatuto no agregado familiar.


O Pinhal



O Pinhal dorme mesmo de costas e... até ressona!

sábado, 20 de agosto de 2005

Passeio equestre em Rio de Couros

É já amanhã, Domingo 21 de Agosto, que iremos participar num pequeno passeio equestre integrado na Festa anual de Rio de Couros.
O passeio está aberto a todos os interessados e tem um grau de dificuldade muito baixo permitindo a participação a cavaleiros e amazonas de todos os níveis.
Tem o início marcado para as 9.30h e terminará com um almoço de confraternização às 13.30h.
Durante o passeio será fornecido um pequeno lanche e oferecidas algumas surpresas.
O preço de inscrição é de 10 €.
Será uma boa oportunidade para todos podermos disfrutar do convívio com este nobre animal

sexta-feira, 19 de agosto de 2005

Rapa das Bestas na Galiza

A minha paixão por cavalos levou-me no passado mês de Julho à zona de Pontevedra, na Galiza, onde assisti e participei numa cerimónia ancestral que é realizada anualmente na pequena aldeia de Sabucedo.
Fui de moto ( outra das minhas paixões), com os meus camaradas de inúmeras aventuras e algumas desventuras Paulo Pica e Armindo Jorge.
Trata-se de um evento que justifica a deslocação de todos quantos se interessam por este nobre animal.
Na sexta-feira é montado o acampamento e começa a festa com bandas de alto nível e alguns milhares de foliões num ambiente incrível de alegria, música e muitos litros de "calimocho", uma bebida valente que ainda hoje estou para saber o que é.. .
No sábado às 7 horas (manhã), foi dado o sinal de partida e os habitantes da aldeia iniciaram a marcha de 8 Km que os levaria aos montes onde se encontram os seus cerca de 5oo cavalos em estado completamente selvagem. Nesta tarefa colaboraram cerca de 500 corajosos turistas onde se incluia o nosso grupo. Com a ajuda de 20 cavaleiros que nos acompanharam na penosa subida, procedeu-se à recolha dos cavalos selvagens com situações que fariam inveja a muitos filmes do velho Oeste.
Os cavalos iam chegando em pequenos grupos e eram reunidos numa zona cercada.
Ao fim de quatro horas, com a imprescindível ajuda de todos nós, foram conduzidos para a aldeia cerca de 400 cavalos criando uma imagem fantástica de beleza e movimento.
Já na aldeia deu-se início à "Rapa": Numa pequena arena são introduzidos cerca de 100 cavalos e alguns habitantes da aldeia designados de "Lutadores", tomam posição junto dos mesmos.
Um dos "Lutadores" monta de um salto o cavalo escolhido e outros dois acorrem a ajudar o primeiro segurando um a cauda e o outro a cabeça do animal. Logo de seguida e à ordem de um deles, o cavalo é derrubado num movimento que mais parece de luta greco-romana, para júbilo de uma assistência superior a 3500 pessoas.
Quando o cavalo fica imobilizado, rapidamente lhe são cortadas as crinas por um veterano da aldeia, sendo o animal libertado de seguida. Toda esta manobra dura cerca de 4 minutos tendo o espectáculo a duração de hora e meia.
Claro que nem todos os cavalos conseguem ser derrubados e que por vezes uma das ambulâncias de serviço tem que avançar para o hospital... ossos do ofício!
Sábado à noite, festa rija e Domingo mais duas "Rapas", uma de manhã e outra à tarde com o recinto sempre repleto de assistência.
Na segunda feira todos os cavalos fazem o caminho de regresso aos montes e são libertados por mais um ano.

"Rapa das bestas" em imagens


Os cavalos no monte


A reunião dos cavalos


A incrível descida para a aldeia


Atravessando a aldeia


A "Rapa"


O "adeus"...

quinta-feira, 18 de agosto de 2005

Novo bloog

Mais um?

Pois é...não resisti à possibilidade de criar um bloog.
Neste espaço quero dar a conhecer as actividades que mais me fascinam e porventura partilhar experiências com outras pessoas.