quinta-feira, 10 de novembro de 2005

História de um prémio!


Pois é, nem sempre aquilo que parece, é...
Eu de malas feitas, a Anabela dispensada do trabalho, prontinhos para ir conhecer o Casino Estoril, o ego a rebentar de inchado, e eis que tudo se desmorona qual castelo de cartas...

"... era uma vez, num reino muito distante, um arqueiro muito ingénuo que acreditava em tudo o que lhe diziam.
Quer dizer, não era assim tão ingénuo mas, acreditava em quase tudo o que lhe diziam.
Não se preocupava muito com o que se passava à sua volta e, desde que o deixassem ir fazendo os seus tiros e as suas miradas, lá ia fazendo a sua vidinha sem chatear ninguém.
Como gostava muito do que fazia, facilmente transmitia o gosto pelos arcos e flechas a todos quantos com ele privavam. E foi assim que, ao longo dos anos, foi criando por todas as cortes por onde passou fiéis seguidores que mantiveram bem vivos os seus ensinamentos e o seu amor pelos arcos e flechas.
Um belo dia, sem estar à espera, foi surpreendido por um arauto do rei que lhe anunciou estar indicado para receber um prémio como reconhecimento dos serviços prestados, numa cerimónia a realizar na corte, na presença do próprio rei e dos Nobres mais importantes do reino.
Sem caberem em si de contentes, o arqueiro mais a sua bela donzela, iam fazendo os preparativos para a cerimónia que se aproximava, não se poupando a esforços para poder estar à altura da situação que os esperava. Sempre iriam estar na presença do Rei...
A ansiedade era tanta que já sonhavam com esse dia e as suas conversas iam sempre ter ao mesmo assunto:
- O que levará a rainha vestido? perguntava a donzela ao arqueiro!
-Achas que o rei me vai cumprimentar? retorquia o arqueiro!
E os dias iam passando enquanto todos os amigos e vizinhos do arqueiro lhe davam os parabéns e não lhe poupavam elogios...
Até que um dia... já muito perto da tão esperada data, o ruído do galope de um cavalo chamou a atenção do arqueiro pois estava a dirigir-se para sua casa.
Intrigado dirigiu-se ao cavaleiro e ficou um pouco desconcertado ao verificar que era novamente um mensageiro do rei.
- És tu o arqueiro convidado para a festa da corte? perguntou o mensageiro!
- Sim, na verdade fui eu o abençoado pela extrema bondade de sua majestade. Que novas me trazeis do reino?
- Más novas arqueiro, más novas! Faz sua alteza real saber que, apesar de reconhecer os teus bons préstimos por todo o seu reino, não vai poder honrar-te como merecias...
Poderás ir à cerimónia mas com uma condição: se quiseres comer, levas um farnel de casa e comes do que levares pois o banquete, será servido só para os nobres senhores que muito amavelmente aceitaram o convite de sua majestade!
- Mmmas... porquê? Eu tinha sido informado que...
- Trata-se de uma pequena alteração organizativa. Sabes arqueiro, estes assuntos da corte são muito complicados e, mesmo que eu te explicasse, tu não ias compreender!
E dizendo isto, o mensageiro do rei deu meia volta ao cavalo e arrancou impetuosamente deixando o arqueiro prostrado com a surpreendente notícia.
- Então, então e o... ? foram as suas últimas palavras.
Já o cavaleiro ia longe quando parou repentinamente o cavalo e, de entre uma enorme nuvem de poeira gritou:
- É verdade, quase me esquecia! O teu prémio será entregue um destes dias em tua casa. Mesmo que venhas à cerimónia, não te esqueças que tens que levar o farnel, não vais poder receber o teu prémio! Seria muito aborrecido para os nobres senhores convidados de sua majestade, terem o seu banquete interrompido por uma tão vulgar causa!
E com estas palavras o mensageiro partiu, deixando para trás um coração despedaçado... e não só!"

5 Comentários:

Blogger Sérgio Ribeiro disse...

Então... e onde é hoje o jantarinho, cujo no tal Casino real, que no Estoril é, não será?
Será no Xico que é o restaurante de nossa condição e alvedrio.
Eu, que nem archeiro sou, e por outras lutas vou andar, não poderei confraternizar mas estou solidário (e ligeiramente indignado, embora o espaço comece a ser escasso para tanto motivo de indignação albergar).
Ah! e não perdoo a adiada caipirinha!

9:30 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Pensei que o que estava em causa era o mérito desportivo... afinal teremos um grandioso espetáculo de marretas e companhia.

7:39 da tarde  
Blogger Axpegix disse...

Parece anedota... mas o que interessa é que o merecido prémio vai ser entregue... e concerteza não serão precisas galas nem VIP´s...

8:47 da tarde  
Blogger Elvira disse...

O Robim dos Bosques! O meu herói! Talvez porque usa collants, como eu... ;-)

11:38 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Casinos é mais cena de sorte ou azar, não de mérito...

9:33 da tarde  

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