Passeio de Domingo
O dia amanheceu lindo, com um céu muito azul e um frio cristalino que vinha mesmo a calhar para o programa previsto: um passeio a cavalo com o meu amigo Carlos "Messiú".
Conforme combinado na véspera lá fui eu ter a casa do Carlos montado na " Flecha " por volta das 10h da manhã.
Como a ribeira que nos separa já leva alguma água, foi para os dois(cavalo e cavaleiro) uma experiência completamente nova e excitante saltar sobre um curso de água.
Conforme combinado na véspera lá fui eu ter a casa do Carlos montado na " Flecha " por volta das 10h da manhã.
Como a ribeira que nos separa já leva alguma água, foi para os dois(cavalo e cavaleiro) uma experiência completamente nova e excitante saltar sobre um curso de água.
Após dos cumprimentos da ordem lá fomos em direção à Capela de Santo Amaro(+ou-5km), pois calculamos que existissem bons caminhos pelos terrenos agrícolas e pinhais da zona de Mulher
Morta e Tijolo conforme acabamos por confirmar.

O Carlos em grande estilo
Que sensação magnífica a de percorrer caminhos que nos pareceram tão antigos, sempre com o castelo atento a todos os nossos movimentos...
Na realidade são percursos com uma paisagem magnífica tendo o branco do casario da Atouguia lá em baixo à nossa esquerda, enquanto lá bem em cima, à nossa direita espreita imponente o Castelo.
Junto à Capela de S. Sebastião
Chegados à Capela de S. Sebastião, desmontamos e fizemos uma pequena pausa para retemperar forças e dar algum descanso às montadas.
Para marcar a passagem resolvemos ir tomar um aperitivo ao amigo "Chico de S. Amaro"que, mal descobriu que estávamos a cavalo, fez questão de não nos deixar pagar as bebidas, e de nos presentear com algumas histórias que passo a transcrever:
-Os senhores pararam no sítio certo e estão na casa certa! Comentou o Sr. Chico.
-Sabem que era aqui, nesta casa, que paravam as carroças que faziam o transporte dos peregrinos da estação de Vale dos Ovos para Fátima, nos primeiros anos, logo a seguir às aparições?
Era aqui que paravam para descansar um pouco e para dar umas favas aos animais pois a viagem era longa e difícil.
O meu pai, continuou o Sr. Chico, também teve uma dessas carroças que transportavam oito pessoas adultas, e fez durante algum tempo essa vida de "taxista".
Este era o único local onde descansavam durante a viagem e era de paragem obrigatória. Por isso estou muito contente por verificar que a História se repete e só tenho pena de não ter umas favas para dar aos cavalos mas, as bebidas, essas pago eu!
E já agora, sabem que o caminho por onde chegaram à Capela era a antiga "Estrada dos Almocreves"?
Perante o nosso encolher de ombros, e por saber que eu sou um entusiasta desse tipo de conhecimentos, aconselhou-me a falar com o meu colega e amigo Dr. José Ferraz pois concerteza iria ficar admirado com as coisas que este me iria contar sobre o local.
É sem dúvida um grande entusiasta e apaixonado por tudo quanto diga respeito ao seu "cantinho", o amigo Chico de S. Amaro. Mais houvesse como ele e, certamente, os valores e o património histórico desta terra não andariam pelas ruas da amargura como vai acontecendo.
Á laia de despedida, demos uma pequena boleia à netinha do Sr. Chico, que ficou radiante e até tirou fotografias, e rumamos pelo mesmo caminho em direcção ao Vilar, mas agora com mais calma porque é sempre a subir (e de que maneira), e os cavalos são precisos para outros passeios...e não só!
9 Comentários:
QUE INVEJA!!
Fantástica descrição da viagem pelos caminhos dos almocreves.Aguardam-se mais notícias e, já agora!, aconselhamos o Xico de Santamaro a preparar as favas... se os cavalos se habituam, não querem outra coisa!
Obrigado, Sérgio.
Pela crónyca de um passeio, pelo que que nos tão bem nos conta do contado pelo amigo Xico, sempre a surpreender pelo que guarda como repositório de uma cultura nossa.
E estou como o nyo... que inveja!
Obrigado, Sérgio.
Pela crónyca de um passeio, pelo que que nos tão bem nos conta do contado pelo amigo Xico, sempre a surpreender pelo que guarda como repositório de uma cultura nossa.
E estou como o nyo... que inveja!
O sol, os cavalos, a natureza... só falta a Carriça a acompanhar os "primos" (obviamente que me refiro aos cavalos).
Excelente manhã de Domingo Sérgio. Também me junto ao coro dos invejosos.
Pois é Pedro, só não vens connosco porque não queres!
Pensa lá num cavalito pois não fica tão caro como se diz...tu até nem fumas!
A minha despesa mensal com a Flecha e a Carriça equivalem ao dispendido por qualquer fumador.
Claro que é preferível um cavalo para dar uns passeios com os amigos a uns bons maços de tabaco que nos vão atrapalhando a vida!
E o trabalho? perguntarão alguns.
Não considero trabalho o pouco tempo que dispenso para alimentar e cuidar dos animais, prazer é o que sinto cada vez que estou com eles.
Tu não me tentes Sérgio, tu não me tentes...
Eu bem tento, eu bem tento...
Há montadas para a 3ª idade?, com hérnias discais, joelhos avariados e outras inerências e aderências?
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