Tiro com arco nos Moinhos da Pena
Domingo dia 25 de Setembro o Campeonato Nacional de Tiro com arco vai passar aqui bem perto de nós, nos Moinhos da Pena.
Trata-se de uma prova organizada pelo C.A.C.O. , Clube Académico Conde de Ourém, actual clube Campeão Nacional da modalidade. Alguém sabia?
A prova irá desenrolar-se entre as 10 e as 15 horas de Domingo e contará com a presença de arqueiros vindos de todo o país.
Uma boa oportunidade para quem pretender observar esta interessante modalidade.
O Snack Bar d' Os Moinhos é o local de encontro e dará apoio a atiradores e assistentes.
O espaço envolvente também merece um olhar atento pela sua beleza e pelo pitoresco dos seus doze moinhos de vento.
Saia de casa e venha ver uns arcos, umas flechas, animais em três dimensões e não só...
Atenção, a "carriça" não vai estar lá!
publicada por Sérgio Poupado às
00:02
9 Comentários:
Esta cara não me é estranha...
Que bravo cavaleiro e tão nobre montada. Que batalha terá sido esta?
Cuidado bandidos e saqueadores de estrada, cuidado dragões que assustam as mais belas donzelas, cuidado horrendas figuras que perseguem os nossos sonhos. D. Pedro Pança e o seu nobre corcel Carriça Curvas Rápidas chegaram e não mais vos darão descanso. Quando menos esperarem irão ouvir algo como trovões em noites de tempestade e quando essa hora chegar dai corda aos sapatos pois o que ouvem não são trovões mas sim os cascos enfurecidos e o relinchar de Carriça Curvas Rápidas. Corram e não parem pois D. Pedro Pança tem a mais certeira pontaria de todos os tempos. A rapidez com que dispara as suas flechas é tanta que há quem diga que nem chega a disparar a própria flecha. Qual Robin Hood qual carapuça! Viva D. Pedro Pança e a valente Carriça Curvas Rápidas.
Viva também o seu fiel escudeiro Diogo Bateria Batuque. Possuidor de tais encantos e feitiços que não há donzela que lhe resista. Sempre fiel e companheiro, Diogo Bateria Batuque é mestre na arte das poções e feitiços. Reparem como segura tranquilamente na indomável Carrriça Curvas Rápidas enquanto D. Pedro Pança afugenta um ou dois dragões.
Viva o Pedro Pança que está com uma imaginação superior à do seu nobre Senhor, D.Quixote de la Poupança.
-Continua meu bom Pedro Pança! Deixa escorrer essa tua fértil imaginação dos teus roliços dedos para as teclas da infernal máquina que há-de ser o fim de todos nós!
Isso mesmo, coloca-nos um sorriso nos lábios!...
Meu bom Pedro Pança, não vês que estás apoderado pelos demónios e a ser usado por todas estas máquinas que contra nós conspiram e nos querem destruir?
Ó boa e terna criatura, não tentes demover-me da minha sina!
Solta-me a mão! que já a espada ergo,afasta-te que já invisto!
Não consegues ver que um cavaleiro jamais foge a uma contenda quando tem a sua honra em jogo?
Afasta-te! e se eu não voltar, faz saber à minha amada Anabeia, que por ela e sua honra me fiz à peleja.
Não as vês? Não as ouves?
São máquinas diabólicas que nos enfeitiçam e embriagam ao ponto de já não sabermos quem somos, o que fazemos e para onde vamos...
À luta!!!
Que os Deuses guiem a minha espada pois esta maldita máquina vai ser a primeira a cair a meus pés!...
AAAAHHHHHHHH!
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Fiquei com a pança cheia de alegria depois de ler o seu texto Sérgio. Que coisa maravilhosa. Não havia melhor maneira de começar o dia.
Obrigado meu bom Senhor D. Quixote de la Poupança.
No cavalo de pau com Sancho Pança escreveu Aquilino Ribeiro enquanto traduziao livro que Cervantes escreveu sobre o Cavaleiro da Triste Figura, que, afinal, não teria feito tão tristes figuras como as que hoje por aí vemos. E sobre este livro, de que ando em busca desde que o li em condições muito especiais há 40 anos,diria mais coisas, mas... com estes interlocutores não há que perder tempo, há sim que os aproveitar, que os saborear.
Ao Pedro falta Pança mas não falta Sancho e talento, ao Sérgio que Poupado é não faltam arco e flechadas certeiras e som e ritmo na escrita, ao Diogo Batuque e nada batoque e que bem mais merece ser que escudeiro do escudeiro pançudo, pelo só me resta dar os parabéns a todos pelas fotos e pelos trechos que nos proporcionam a partir das suas vidas e vivências.
Obrigadinhos
Não resisto. Já li o texto do Sérgio Poupado umas 10 vezes. QUE DELICIA. Tenho umas fotografias dos moinhos do Campo de Criptana em La Mancha e com a tua aprovação (ou com a falta dela) vou adicionar a uma delas este belo texto. Ah grande Sérgio!
Não sei bem do que estás a falar mas, estás autorizado!
Só não sei ainda onde investir o dinheiro dos direitos...
Um abraço
Estes textos de antologia cervantiana merecem, na verdade, leitura que ultrapasse as fronteiras dos blogs. Vamos pensar nisso?
E reparo não me meter referido, no anterior comentário, à nobre montada, à tão bem crismada Carriça Curvas Rápidas, àquela que aguenta estoicamente senão uma Pança ao menos (ao menos? ao mais!)um alto e pesado Pedro.
Pobre Carriça.
A mim, dava-me gozo que a dita Carriça fizesse umas Curvas tão Rápidas que espetasse no chão atapetado de mato o abusador Pedro, que Dom se entronizou coisa a que Sancho nunca se atreveu. Um espalhanço sem danos pessoais, claro... que o mato é macio e fofo.
Quanto ao D. Quixote da la Poupança, que de talentos por ali se escondem e revelam...
Como é que tantos anos nos vizinhámos sem esses talentos mais ter que somente vislumbrado, como aconteceu numa visita de outro Sérgio que Godinho é, numa fugida conversa de circunstância, talvez sobre o tempo que faz e vai fazer?
Quanto desperdício!
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